sábado, 26 de abril de 2014

26 de abril: Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial


A hipertensão é um mal silencioso. A ausência de sintomas bem definidos retarda o diagnóstico da doença que, muitas vezes, é feito somente quando problemas mais sérios aparecem. E quando falamos em problemas sérios, estamos falando de comprometimentos vasculares, tanto cerebrais, quanto cardíacos. Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, dentre os fatores de risco para mortalidade, a hipertensão explica 40% das mortes por AVC (Acidente Vascular Cerebral) e 25% daquelas por doença coronariana.
Qual a dieta apropriada para auxiliar o controle da doença?
A hipertensão é um mal silencioso. A ausência de sintomas bem definidos retarda o diagnóstico da doença que, muitas vezes, é feito somente quando problemas mais sérios aparecem. E quando falamos em problemas sérios, estamos falando de comprometimentos vasculares, tanto cerebrais, quanto cardíacos. Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, dentre os fatores de risco para mortalidade, a hipertensão explica 40% das mortes por AVC (Acidente Vascular Cerebral) e 25% daquelas por doença coronariana.
No Brasil, a principal causa de morte em todas as regiões do país é o AVC, o popular derrame, acometendo as mulheres em maior proporção. Segundo o Ministério da Saúde, dos que sobrevivem à ocorrência de derrames, 50% ficam com algum grau de comprometimento. “A única forma de saber se a pessoa apresenta o problema é medir sua pressão em exames de rotina, realizados anualmente”, informa a endocrinologista Ellen Simone Paiva, diretora do Citen, Centro Integrado de Terapia Nutricional.
A Sociedade Brasileira de Hipertensão recomenda que a pressão arterial deve ser medida regularmente, no mínimo, uma vez por ano, inclusive por aqueles que não têm ou desconhecem ter a doença. A recomendação se aplica também às crianças, a partir dos três anos de idade. Já para os hipertensos, a verificação da pressão deve ser muito mais freqüente para o controle adequado da doença.
Hipertensão no Brasil:
Diagnóstico médico prévio de hipertensão arterial
No sexo masculino, as maiores freqüências foram observadas em Recife (22,5%), Belo Horizonte (22,7%) e Vitória (23,1%) e as menores em Florianópolis (14,9%), Palmas (14,9%) e Brasília (15,5%). Entre mulheres, as maiores freqüências foram observadas em Recife (26,8%), Salvador (27,3%) e Rio de Janeiro (28,0%) e as menores em Palmas (15,3%), Teresina (18,4%) e Manaus (19,2%).
Gênero
O levantamento aponta que mais mulheres (24,4%) do que homens (18,4%) referem o diagnóstico médico prévio de hipertensão arterial. Em ambos os sexos, o diagnóstico de hipertensão arterial se torna mais comum com a idade, alcançando cerca de 5% dos indivíduos entre os 18 e os 24 anos de idade e mais de 50% na faixa etária de 65 anos ou mais de idade.
FONTE: Sistema de Monitoramento de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (Vigitel) do Ministério da Saúde.
Causas da hipertensão
Considera-se que a pessoa é hipertensa se, medindo a pressão arterial em repouso, obtêm-se valores acima de 140x90mmHg. Esses são os números de corte. Acima deles, a pressão é considerada elevada; abaixo, é normal. Esse valor independe da idade, tanto faz se a pessoa tem 20 ou 60 anos. Por isto, é tão importante medir a pressão regularmente. Como a hipertensão é uma doença assintomática, ela deve ser aferida regularmente, mesmo nas pessoas aparentemente livres da doença. “O intervalo entre uma medição e outra deve ser de no máximo um ano. Isso nos permite garantir um diagnóstico nas fases iniciais de uma eventual doença”, recomenda a médica.
Não se sabe ao certo a razão para o aparecimento da hipertensão arterial, mas fatores genéticos são os mais importantes, uma vez que a presença da mesma em um ou ambos os pais, já torna o filho um candidato a se tornar hipertenso também. Além disso, a hipertensão arterial tem características vasculares, neurológicas, nefrológicas, cardiológicas e endócrinas, o que a torna uma doença estudada e tratada por muitas especialidades médicas.
Do ponto de vista endocrinológico, sabemos que fatores hormonais são responsáveis pela redução da elasticidade dos vasos sangüíneos e, por conseguinte, pelo aumento da pressão arterial. A conseqüência, a longo prazo, é um trabalhoso esforço do coração para conseguir bombear o sangue nesse extenso leito vascular estreitado, exercendo uma atividade de musculação contínua, diária, exaustiva, fazendo com que a musculatura do coração sofra hipertrofia como o bíceps de um halterofilista. 
O excesso de peso também é um dos fatores causais da hipertensão. Ele é responsável pelo aumento de 2 a 6 vezes do risco de hipertensão. Os hipertensos com excesso de peso devem seguir programas para redução de peso. Segundo as IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, o IMC, Índice de Massa Corporal, deve ser inferior a 25kg/m2  e a circunferência da cintura inferior a 94cm para homens e 80cm para mulheres. Uma redução de 5% a 10% do peso inicial já é capaz de baixar a pressão arterial.
A dieta do hipertenso
“Entre as influências nutricionais na hipertensão arterial o sal é sem dúvida o fator mais importante, uma vez que seu excesso na dieta influencia não somente o agravamento da doença, como concorre para uma maior incidência de hipertensos em uma população sadia. Logo, comer menos sal faz parte da prevenção da hipertensão arterial e também do seu tratamento”, explica a endocrinologista.
Comer porções normais de sal implica em dois cuidados: não o adicionar na comida pronta e cozinhar com pouco sal. “O ideal é que a pessoa ingira de 6g a 8g de sal por dia. Na verdade, se ela eliminar totalmente o sal no preparo das refeições, ainda assim estará ingerindo dois ou três gramas por dia, porque alguns alimentos já contêm um pouco sal em sua composição. Apesar de tais recomendações, a média de ingestão de sal dos brasileiros gira em torno de 15g”, diz Ellen Paiva.
Quem come fora, regularmente, tem mais dificuldade para controlar o consumo de sal, mas sempre é possível fazê-lo. Não há a necessidade de abolir o sal da dieta do hipertenso, porque ele não interfere no tratamento, se a pessoa não exagerar no consumo. “Eliminar completamente o sal da dieta dificulta muito a vida dos hipertensos, pois é muito difícil conseguir a adesão dos pacientes à dieta e ao tratamento, se eles forem muito restritivos”, diz a endocrinologista.
Dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão revelam que a adesão ao tratamento é muito difícil. Um ano após o diagnóstico de hipertensão, mais da metade dos pacientes abandona o tratamento. Daqueles que continuam a terapia, apenas 50% toma pelo menos 80% dos medicamentos prescritos. “Se as proibições forem muitas, o paciente não as tolera. Temos que orientá-lo a comer pouco sal de uma forma que sua dieta e sua vida não fiquem sem sabor”, diz a especialista.
5 passos para reduzir o consumo de sal:
1. Use o mínimo de sal no preparo dos alimentos, substituindo-o por temperos naturais como alho, salsinha, cebola, orégano, hortelã, limão, manjericão, gengibre, coentro e cominho;
2. Evite temperos industrializados como ketchup, mostarda, molho shoyu e caldos concentrados. Atenção para o aditivo glutamato monossódico, utilizado em alguns condimentos e nas sopas de pacote;
3. Cuidado com as conservas como picles, azeitona, aspargo, patês e palmito, enlatados como extrato de tomate, milho e ervilha – alimentos conservados em sal e os salgadinhos como batata frita, amendoim salgado, cajuzinho.
4. Evite carnes salgadas como bacalhau, charque, carne-seca e defumados;
5. Nunca tenha um saleiro à mesa.
FONTE: Sociedade Brasileira de Hipertensão
Além dos cuidados em relação ao consumo de sal, o paciente hipertenso deve ser estimulado a seguir uma dieta balanceada, privilegiando frutas e verduras, carne magra, laticínios desnatados, grãos e cereais. Aumentar o consumo de potássio também auxilia o controle da pressão, isto pode ser feito através do aumento no consumo de frutas e verduras. “Uma dieta rica em vegetais e frutas contém 2 a 4g de potássio/dia e pode ser útil na redução da pressão e prevenção da hipertensão arterial. Os substitutos do sal contendo cloreto de potássio e menos cloreto de sódio (30% a 50%) são úteis para reduzir a ingestão de sódio e aumentar a de potássio”, diz a médica.
“A redução da ingestão de álcool também auxilia o controle da pressão arterial naquelas pessoas que consomem grandes quantidades de bebidas alcoólicas”, diz Ellen Paiva, que também é nutróloga. A recomendação médica é a seguinte: para os consumidores de álcool, a ingestão de bebida alcoólica deve ser limitada a 30g álcool/dia contidas em 600 ml de cerveja (5% de álcool) ou 250 ml de vinho (12% de álcool) ou 60ml de destilados (whisky, vodka, aguardente - 50% de álcool). Este limite deve ser reduzido à metade para homens de baixo peso, mulheres e indivíduos com sobrepeso e/ou triglicérides elevados.
“É importante destacar que a dieta é apenas uma das medidas para controle da pressão do hipertenso. Ela deve ser acompanhada da adoção de outros hábitos de vida saudável, tais como: prática de atividade física regular, abandono do tabagismo, ingestão moderada de bebidas alcoólicas, controle do estresse e manutenção do tratamento medicamentoso, quando houver prescrição médica para tal”, diz Ellen Paiva.
Recomendações dietéticas para hipertensos
Preferir:
-Alimentos cozidos, assados, grelhados ou refogados;
-Temperos naturais: limão, ervas, alho, cebola, salsa e cebolinha;
-Verduras, legumes, frutas, grãos e fibras;
-Peixes e aves preparadas sem pele;
-Produtos lácteos desnatados.
Limitar:
-Sal;
-Álcool;
-Gema de ovo: no máximo três/semana;
-Crustáceos;
-Margarinas, dando preferência às cremosas, alvarinas e ricas em fitosterol.
Evitar:
-Açúcares e doces;
-Frituras;
-Derivados de leite na forma integral, com gordura;
-Carnes vermelhas com gordura aparente e vísceras;
-Alimentos processados e industrializados: embutidos, conservas, enlatados, defumados e salgados de pacote.
Fonte: https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3404366142784918152#editor/target=post;postID=5052292783895849264

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