Ainda nos dias de hoje, a Hanseníase, conhecida como Lepra, é uma enfermidade que causa muito medo na população, mesmo sendo comprovada a possibilidade de cura, ela representa um grande problema de saúde pública.
Antigamente no Brasil, o método para tratamento dessa doença era muito rigoroso. A segregação e isolamento dos pacientes, que eram encaminhados para os hospitais colônia, era muito comum, fora os tratamentos dolorosos, que de nada adiantavam, além do preconceito que envolve a doença até hoje.
A Hanseníase é dividida em dois tipos: paucibacilar e multibacilar, e é uma doença infecto contagiosa, crônica e de grande importância para a saúde pública devido à sua intensidade e seu alto poder incapacitante. É uma doença que ataca a pele e os nervos, o que dificulta os movimentos das mãos, pés, olhos, além de causar amortecimentos, mas que se diagnosticada e tratada no início, tem cura, não deixa marcas, nem sequelas.
Atualmente, o tratamento é simples, realizado via antibiótico, fornecido de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e administrado em doses vigiadas nas unidades básicas de saúde (UBS) sob a supervisão de médicos ou enfermeiros de acordo com normas da Organização Mundial de Saúde, sem necessidade de isolamento
Sintomas:
* Manchas na pele de cor parda, esbranquiçadas ou eritematosas, às vezes pouco visíveis e com limites imprecisos;
* Alteração da temperatura no local afetado pelas manchas;
* Comprometimento dos nervos periféricos;
* Dormência em algumas regiões do corpo causada pelo comprometimento da enervação. A perda da sensibilidade local pode levar a feridas e à perda dos dedos ou de outras partes do organismo;
* Aparecimento de caroços ou inchaço nas partes mais frias do corpo, como orelhas, mãos e cotovelos;
* Alteração da musculatura esquelética principalmente a das mãos, que resulta nas chamadas “mãos de garra”;
* Infiltrações na face que caracterizam a face leonina característica da forma virchowiana da doença.
Tratamento:
Ambos os tipos (paucibacilar e multibacilar) são tratados com o antibiótico rifampicina, durante seis meses no tipo paucibacilar e um ano no tipo multibacilar. A medicação é fornecida gratuitamente pelo Ministério da Saúde e administrada em doses vigiadas nas Unidades Básicas de Saúde sob a supervisão de médicos ou enfermeiros de acordo com normas da OMS.
A rifampicina elimina 90% dos bacilos. Por isso, é necessário complementar o tratamento com outra droga (DDS), que pode ser tomada em casa diariamente, até o final do tratamento.
Nos casos multibacilares, esse tratamento é acrescido de uma dose diária e de outra vigiada de clofazimina.
Recomendações:
* Não desista do tratamento, que é longo, mas eficaz se não for interrompido. A primeira dose do medicamento é quase uma garantia de que a doença não será mais transmitida;
* Convença os familiares e pessoas próximas ao doente a procurarem uma Unidade Básica de Saúde para avaliação, quando for diagnosticado um caso de hanseníase na família;
* Não fuja dos portadores de hanseníase, uma doença estigmatizante, mas que tem cura, desde que devidamente tratada.
Fonte: www.drauzioavarela.com.br
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