A Organização Mundial de Saúde (OMS), instituiu a data de 28 de julho como o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. Os cinco tipos de hepatite (A,B,C,D e E) já atingiram, desde 1999, quase 400 mil pessoas no país. Esses, são os casos confirmados da doença, com pacientes que apresentaram sintomas. Mas o grande desafio para os especialistas é o grande número de pessoas que estão infectadas e não sabem. E essa situação atinge principalmente a hepatite C.
Segundo estimativa do Ministério da Saúde, mais de dois milhões de brasileiros estão infectados pelo vírus da hepatite C e 70% dos casos da doença acometem pessoas com mais de 40 anos. A doença tem evolução arrastada e não apresenta sintomas “Daí a importância de pedir o exame específico de sangue para detectar a hepatite”, O paciente pode pedir a testagem de sangue em qualquer unidade de saúde. O Ministério da Saúde incluiu no dia 06 de julho de 2016 o teste rápido para detectar infecção pelo vírus da hepatite. Caso a pessoa esteja infectada o tratamento é oferecido pelo SUS.
Prevenção - Existem várias medidas que podem evitar a transmissão das hepatites virais:
- Usar preservativo em todas as relações sexuais;
- Exigir materiais esterilizados ou descartáveis em estúdios de tatuagem e de piercings;
- Não compartilhar instrumentos de manicure e pedicure;
- Não usar lâminas de barbear ou de depilar de outras pessoas;
- Não compartilhar agulhas, seringas e equipamentos para drogas inaladas e pipadas, como o crack.
Vacinação - A vacina contra a hepatite B deve ser recomendada para jovens até 29 anos, para as populações vulneráveis* (em especial, profissionais do sexo, homens que fazem sexo com homens e usuários de drogas) e para profissionais de saúde. É um direito e é a melhor forma de evitar a hepatite B. Essa vacina faz parte do calendário de vacinação da criança e do adolescente e está disponível em todas as salas de vacina do Sistema Único de Saúde (SUS) – cerca de 32 mil, no total. Todo recém-nascido deve receber a primeira dose logo após o nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida. Se a gestante tiver hepatite B, o recém-nascido deverá receber, além da vacina, a imunoglobulina contra a hepatite B, nas primeiras 12 horas de vida, para evitar a transmissão de mãe para filho. Caso não tenha sido possível iniciar o esquema vacinal na unidade neonatal, recomenda-se a vacinação na primeira visita à unidade pública de saúde.
As doses da vacina contra hepatite A são direcionadas às crianças de 12 a 23 meses e são distribuídas para postos de saúde de todo o País.
Populações mais vulneráveis - Gestantes, após o primeiro trimestre de gestação; pessoas com doenças sexualmente transmissíveis (DST); bombeiros, policiais civis, militares e rodoviários; carcereiros de delegacia e de penitenciárias; coletadores de lixo hospitalar e domiciliar; comunicantes sexuais de portadores de hepatite B; doadores de sangue; homens e mulheres que mantêm relações sexuais com pessoas do mesmo sexo; lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais; pessoas reclusas (presídios, hospitais psiquiátricos, instituições de menores, forças armadas, entre outras); manicures, pedicures e podólogos; populações de assentamentos e acampamentos; populações indígenas; potenciais receptores de múltiplas transfusões de sangue ou politransfundidos; profissionais do sexo/prostitutas; usuários de drogas injetáveis, inaláveis e pipadas e caminhoneiros.
Diagnóstico - No Brasil, enquanto a hepatite B é mais frequente na faixa etária de 20 a 49 anos, a hepatite C acomete mais pessoas entre 30 e 59 anos. A maioria dessas pessoas desconhece sua condição sorológica. No caso da hepatite C, por exemplo, há pessoas que fizeram transfusão de sangue antes de 1993 (quando não havia teste para diagnosticar a doença) ou que utilizaram seringas não esterilizadas que podem estar infectadas pelo vírus da hepatite C sem saberem. A hepatite é a inflamação do fígado, uma doença que nem sempre apresenta sintomas. Muitas pessoas só percebem que estão doentes (principalmente dos tipos B e C) quando as manifestações já são graves, como cirrose ou câncer de fígado. Esses pacientes levam anos para descobrir que estão infectados. Realizar o diagnóstico precoce das hepatites é um dos principais determinantes para evitar a transmissão ou a progressão dessas doenças e suas graves consequências. Os testes para as hepatites estão disponíveis em toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS).
O papel do profissional de saúde – O momento de consulta é uma oportunidade que o profissional de saúde tem para, não só recomendar o exame para a aids, mas também o de hepatites e o de sífilis. O resultado do exame de hepatite possibilita ao profissional de saúde notificar a doença e dar à Saúde do país o panorama real do número de casos existentes. Isso é fundamental para o desenvolvimento de políticas de prevenção e combate à doença.
Fonte:http://www.ebserh.gov.br/web/humap-ufms/detalhes-das-noticias/-/asset_publisher/7d2qZuJcLDFo/content/id/505432/2015-07-dia-28-de-julho-e-comemorado-o-dia-mundial-de-luta-contra-as-hepatites-virais
Fonte:http://www.brasil.gov.br/saude/2016/07/sus-passa-a-oferecer-teste-rapido-para-detectar-hepatite
Fonte: http://www.brasil.gov.br/saude/2014/07/vacina-contra-hepatite-a-passa-a-ser-oferecida-pelo-sus
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