No Dia de Combate à Asma, veja curiosidades sobre a doença
A asma afeta cerca de 10% a 25% da população brasileira e é responsável anualmente por 400 mil internações hospitalares e 2,5 mil mortes, de acordo com a Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia). No Dia Nacional de Combate à Asma (21 de junho), aprenda o que é a doença e saiba a importância de seguir o tratamento. As explicações abaixo são do alergista João Negreiros Tebyriçá, presidente da Asbai Nacional:
1 - O que é
É uma doença inflamatória dos brônquios de origem imunológica e alérgica.
2 - Sintomas
Os principais sintomas são tosse, falta de ar e chiado no peito (sibilância respiratória). A tosse pode ser seca ou com produção de muco (catarro em aspecto de clara de ovo) em grande quantidade. O chiado costuma ser mais intenso na expiração que na inspiração, mas pode ser contínuo. A falta de ar varia desde uma dificuldade ao fazer esforço até uma intensa dispneia (dificuldade de respirar) em repouso, que chega a acordar o paciente no meio da noite.
3 - Causas
A asma é reconhecidamente familiar e existe um componente genético, mas é uma doença complexa que se manifesta após a interação da pessoa suscetível com os fatores do meio ambiente, como viroses respiratórias e exposição a substâncias irritantes respiratórias (fumaças e poluentes atmosféricos).
4 - Quando surge
Costuma aparecer na infância, habitualmente após os 3 anos, porém pode se manifestar antes. Existe também a asma que se inicia na idade adulta, com a possibilidade de ser até mais grave.
5 - Rinite
A rinite é um fator de risco para asma. Estudos têm demonstrado que pessoas com rinite apresentam uma inflamação alérgica em todo o sistema respiratório, não apenas no nariz. Assim, quem não a trata está mais sujeito a desenvolver asma.
7 - Diagnóstico
É feito basicamente pela história clínica e pelo exame do paciente. Pode ser complementado com um exame de função respiratória, testes alérgicos ou avaliação de alergia pelo exame de sangue. A radiografia de tórax não é necessária para o diagnóstico, mas ajuda na avaliação de outros problemas pulmonares e possíveis complicações, como pneumonia.
8 - Tratamento
O principal tratamento consiste no uso contínuo de corticoides por via inalatória, que diminuem a inflamação alérgica e promovem estabilização e controle da doença, diminuindo as crises e os sintomas.
O tempo de cuidado varia de acordo com cada caso, mas deve ser mantido até que se obtenha um controle total da patologia por pelo menos seis meses, quando a medicação é reduzida aos poucos até se obter a dose mínima de controle ou poder eliminá-la.
9 - Mais opções de tratamento
Em alguns casos, além dos corticoides inalatórios, pode-se lançar mão de vacinas de alergia, diminuindo a quantidade total de medicamentos e até abreviando o tempo de tratamento, principalmente nos mais jovens.
Pacientes que não conseguem um bom controle podem utilizar uma associação de broncodilatador de longa ação com corticóides inalatórios. Novos remédios, como os antagonistas de leucotrienos, também servem de ajuda.
Nos quadros mais graves, em que não se consegue obter uma boa resposta com os tratamentos citados, é possível investir na injeção subcutânea de anti-IgE (imunoglobulina E), o melhor tratamento disponível atualmente.
10 - Benefícios do tratamento
A enfermidade tem controle e um tratamento adequado pode levar até a uma remissão total dos sintomas por vários anos ou pela vida toda.
11 - Falta de cuidados
A falta de tratamento pode causar deterioração da função pulmonar e piora progressiva da doença, ocasionando crises cada vez mais graves e até fatais. É importante ressaltar que a crise grave e fatal pode acontecer inclusive em jovens que nunca tiveram uma crise forte, mas estão sem medicamento de controle adequado.
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