MS lança diretrizes para atendimento a pessoas ostomizadas
O Ministério da Saúde vai qualificar o atendimento a pessoas submetidas à cirurgia de estomia (cirurgia que cria um orifício no corpo permitindo comunicação com o exterior). Se antes os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) recebiam as bolsas coletoras e adjuvantes de proteção e segurança, agora eles também serão acompanhados por equipes multiprofissionais em serviços especializados. Em novembro de 2009, foram lançadas as Diretrizes Nacionais para orientar estados e municípios a organizar os serviços prestados a esses pacientes no SUS - Portaria SAS/MS nº 400 - 16/11/2009. O lançamento no plenário do Senado Federal celebrou o Dia Nacional dos Ostomizados, comemorado em 16 de novembro.
A norma define os tipos de unidades para as quais os usuários serão referenciados, de acordo com suas necessidades. Nesses locais, eles serão atendidos por equipes formadas por médico, enfermeiro, assistente social, psicólogo, e nutricionista, para intervenções especializadas, orientações para o autocuidado, prevenção de complicações nas estomias, além da prescrição e fornecimento das bolsas coletoras e adjuvantes de proteção e segurança. Por ano, cerca de 1,4 milhão de pessoas utilizam esses serviços no SUS. O documento também propõe que sejam desenvolvidas ações na atenção básica dirigidas as pessoas com estomia e seus familiares e a realização de educação permanente de profissionais.
“O objetivo é organizar e ampliar no SUS o acesso a serviços qualificados para a reabilitação das pessoas ostomizadas”, explica a coordenadora da área técnica de Saúde da Pessoa com Deficiência, Érika Pisaneschi. A medida é uma grande conquista da saúde pública brasileira e atende uma antiga demanda da sociedade. Por sofrerem importantes alterações no corpo, os pacientes ostomizados precisam de apoio especializado para se adequarem à nova situação física.
CONQUISTA - Com a organização dos serviços, o atendimento passa a ser ofertado não só em hospitais de alta e média complexidade - como em ambulatórios de hospitais gerais e em Unidades e Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacons e Cacons). A assistência especializada também será oferecida em Policlínicas e Unidades de Reabilitação Física. Dessa forma, o serviço ficará mais próximo dos pacientes.
O MS lança as novas diretrizes em conformidade com a Política Nacional de Saúde das Pessoas com Deficiência e o Decreto nº 5296/04, a partir do qual as pessoas ostomizadas são consideradas pessoas com deficiência física.
O que é pessoa ostomizada?
É aquela que precisou passar por uma intervenção cirúrgica para fazer no corpo uma abertura ou caminho alternativo de comunicação com o meio exterior, para a saída de fezes ou urina, assim como auxiliar na respiração ou na alimentação. Essa abertura chama-se estoma.
O que é uma estomia?
É o nome da cirurgia que cria um orifício (estoma), no abdômen ou na traquéia, permitindo comunicação com o exterior. São elas: colostomia (comunicação do intestino grosso com o exterior); ileostomia (comunicação do intestino delgado com o exterior); urostomia (cria um trajeto alternativo para a saída da urina); gastrostomia (comunicação do estômago com o meio exterior); traqueostomia (comunicação da traquéia com o exterior).
Fonte: http://portal.saude.gov.br
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